Animais paraplégicos
- projetoguapecas
- 1 de jul. de 2014
- 2 min de leitura
Você sabia que cães e gatos com deficiências motoras podem ter uma vida feliz?
Assim como os humanos, fazendo adaptações para as suas necessidades é possível ter qualidade de vida.
O caso mais recente do Guapecas é o Kikinho, um gato de três meses que é paraplégico. Kikinho mostra todos os dias para a voluntária Cláudia Lousão o quanto pode se divertir e brincar como um gatinho sem qualquer deficiência. Para contar isso para as pessoas, a voluntária criou um diário no Facebook, onde todos podem acompanhar a rotina do bichano.
Kikinho ainda não usa cadeira de rodas, pois é muito filhote e ainda está sendo avaliado por um veterinário, que irá indicar o melhor para ele. O que sabemos por enquanto é que ele pode atravessar uma sala em dois minutos e que adora brincar. Como não pode correr, desliza. Se não consegue erguer as duas patas da frente para pegar o brinquedo, ele ergue só uma. Sempre dá um jeitinho.
Rafaela Souza também é voluntária do grupo e tem um cachorrinho paraplégico. O nome dele é Pedrinho e está com ela há dois anos. Contando sobre a rotina do Pedrinho, Rafaela explica que os animais não devem usar a cadeirinha de rodas sem supervisão, pois podem se enroscar em alguma coisa, cair de uma escada, ou situação parecida.
Pedrinho usa a cadeirinha em dias de sol, só para passear, junto com Rafaela e o marido. Quando fica sozinho é colocado em um cercadinho, para que não se machuque pelo quintal. A noite, em casa, Pedrinho fica junto da família, sem a cadeirinha, e consegue se locomover com facilidade.
Ele recuperou alguns movimentos fazendo o tratamento de acunpultura. Diferente de Kikinho, Pedrinho não precisa usar fralda, pois não têm incontinência. Rafaela só precisa "esvaziá-lo" quatro vezes por dia, apertandinho mesmo (hehe).
"No mais a vida dele é praticamente normal, eu digo que o único que não tem consciência da sua deficiência física é o próprio Pedrinho. Animal não tem essa noção de 'ser diferente' dos outros como as pessoas têm. Ele late e cuida da casa junto com os outros, ele rouba a comida e a caminha dos colegas...", conta Rafaela.
Assim como Cláudia, que fez um diário para Kikinho, os tutores de outra cachorrinha muito especial decidiram compartilhar sua história com as pessoas. Daniel e Julia adotaram a vira lata Mocinha, que tempos depois foi diagnosticada com uma doença degenerativa e sem cura. Aconselhados de que deveriam sacrificá-la, o casal não considerou esta opção e fez dos próximos três anos os mais felizes desta cachorrinha.
Infelizmente, Mocinha já partiu. Mas este lindo exemplo de dedicação é contado por Daniel e Julia no livro "Desistir Nunca foi uma Opção". E você também pode ver um pouco desta história clicando aqui. (Conselho: assista este vídeo com lenços por perto)
A lição destes bichinhos? Que não tenhamos preconceito e nem medo do que é diferente. Quando um animal recebe amor e dedicação, não importa se ele consegue andar ou não, ele será feliz.
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